Oficial de Proteção de Base Comunitária - Boa Vista/RR

AVSI Brasil

  • Boa Vista - RR
  • Permanente
  • Período integral
  • Há 19 horas
Descrição:CONTEXTO E DESCRIÇÃO DO PROJETO:A AVSI Brasil é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em 2007, que atua com foco na melhoria das condições de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade. Trabalha em parceria com atores da cooperação internacional, setor público e iniciativa privada. Vinculada à Fundação AVSI, ONG italiana atuante no Brasil desde os anos 1980, tem como missão promover o protagonismo das pessoas em seu desenvolvimento, de suas famílias e comunidades. Implementa projetos sociais com base em uma metodologia de desenvolvimento integral e solidário, voltada à autonomia e à dignidade humana.Nos últimos anos, a Venezuela tem vivido uma forte crise, ocasionando vulnerabilidade social e um contexto de emergência humanitária que se concretiza em uma intensa migração em território brasileiro. Em 2018, como resposta a essa demanda, o Governo Federal estruturou a Operação Acolhida cujo objetivo é garantir atendimento aos refugiados e migrantes venezuelanos. A operação consiste em uma série de estratégias de regularização documental, imunização, acolhimento e realocação voluntária dessas pessoas, em situação de vulnerabilidade, dos municípios de Roraima para outras cidades do Brasil. A AVSI Brasil integra a resposta federal à emergência humanitária venezuelana da Operação Acolhida, e neste contexto formalizou um Termo de Colaboração com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para a atuar em 4 (quatro) centros de acolhida (abrigos) para refugiados e migrantes venezuelanos na cidade de Boa Vista, em Roraima.DESCRIÇÃO RESUMIDA DO CARGO:O(a) Oficial de Proteção de Base Comunitária responde ao(à) Coordenador(a) de Abrigo e atua em estreita colaboração para apoio técnico com o(a) Oficial Sênior de Proteção de Base Comunitária. É responsável por criar estruturas para que a população abrigada desempenhe um papel ativo nos processos de funcionamento do abrigo que impactam sua vida diariamente, conduzir as ações de engajamento e fortalecimento comunitário, fomentando o protagonismo no processo de decisão orientado à solução de problemas e o desenvolvimento de habilidades. Deve implementar atividades de proteção de base comunitária, focadas especialmente na prevenção da violência no ambiente comunitário dos abrigos, mitigando riscos e vulnerabilidades, observando as prioridades identificadas em cada espaço, bem como a política de idade, gênero e diversidade para engajamento da população atendida. Deve disponibilizar para a comunidade iniciativas voltadas para a interiorização e criação de condições para a promoção da autonomia socioeconômica de pessoas migrantes e refugiadas assistidas nos abrigos. Trabalha em cooperação com a rede de proteção local, com as equipes do ACNUR, com a Força Tarefa Logística e Humanitária (FT Log Hum), agências da ONU, sociedade civil e outros parceiros da Operação Acolhida.PRINCIPAIS ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES DO CARGO:Atuar em estreita colaboração com o(a) Oficial Sênior de Proteção de Base Comunitária sobre o trabalho técnico de proteção de base comunitária;
Manter estratégias de constante aproximação e conhecimento da comunidade, para entender seu funcionamento e demandas e planejar em conjunto as melhores formas de engajá-la no dia a dia da gestão do abrigo;
Mapear lideranças comunitárias, desde que sejam mitigadas, sempre que possível, as relações de poder culturalmente incorporadas que possam ser opressivas ou exploratórias. É fundamental que previamente possa ser feita a análise do contexto existente em que se encaixam as estruturas comunitárias do abrigo e encontrar meios de suportar, desenvolver ou ajustar essas estruturas para garantir a participação mais representativa possível da população;
Promover e coordenar espaços para escuta, discussão e diálogo, informação, feedback e reclamações, intercâmbios de boas práticas para todos grupos e setores do abrigo;
Fomentar e reforçar a utilização dos mecanismos de feedback e reclamação pelos quais os beneficiários do abrigo possam questionar ou dar sugestões sobre o acesso aos serviços no local, garantindo a retroalimentação à comunidade e aos atores relevantes;
Mediar e resolver conflitos através do fortalecimento do diálogo e da comunicação assertiva e não violenta;
Mobilizar a equipe de gestão do abrigo para estar envolvida nas atividades de participação comunitária;
Atividades do cotidiano:
Criar estruturas para o engajamento comunitário nas atividades diárias fundamentais para a manutenção do abrigo;
Garantir a representação transversal da população atendida nos grupos representativos e de trabalho, notadamente homens, mulheres, crianças, jovens, idosos(as) e outros grupos vulneráveis, a fim de estimular e garantir que sua opinião e participação ativa sejam observadas.

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